Este Sporting está a ser construído para ser uma equipa dominadora. Uma equipa que mande, que viva em função de si própria e não soçobre perante os caprichos dos adversários. "Uma equipa que marque o ritmo do jogo", como explicou Domingos Paciência na antevisão do encontro de hoje diante do Beira-Mar. Para além disso, o treinador adiantou as restantes fundações que coloquem de pé um edifício leonino pronto para resistir a ventos, marés, tempestades... e até terramotos - como o gerado pela "greve" dos árbitros ao jogo de Aveiro. "Quero um conjunto que consiga ser superior ao adversário e que depois nos momentos certos aproveite as situações que tenha para fazer o golo. Essa é a base que eu tento fazer, a procura constante do equilíbrio e de uma equipa consistente", prosseguiu o treinador, aumentando para três os princípios básicos: equilíbrio, consistência e autoritarismo.
Depois, há um conjunto de outras virtudes a adquirir o mais rapidamente possível. Uma delas, talvez a que mais tem faltado neste início de época, é a eficácia. "Criámos 14 ocasiões de golo nos últimos dois jogos, dez contra o Olhanense e quatro na Dinamarca. A equipa cria situações, só falta concretizá-las para chegar às vitórias", disse o treinador. Se mais duas bolas tivessem entrado (em cada jogo), a análise ao futebol lenino seria certamente outra: "Neste momento podia estar a falar de outra forma se tivéssemos concretizado algumas das oportunidades flagrantes que tivemos. Não conseguimos, não podemos mexer no passado..."
Mas também "a intensidade e a atitude" têm que ser superiores às verificadas na Dinamarca, tal como, aliás, a qualidade global da exibição: "Temos que jogar muito mais frente ao Beira-Mar, grupo que, por estar a defrontar um grande, vai ter maior solidariedade e disponibilidade do que é habitual."
Fonte: O Jogo